terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Somos como Cigarros

Somos como cigarros .
Uma vez acessos, não há retorno
A vida é como o vento que passa pelo cigarro, as vezes levemente, outras vezes intensamente.
Consome todos os componentes, sem se importar e é inevitável o fim.
Por vezes apagámo-nos  e todo o encanto deixa de existir. Toda a névoa envolvente desvanece tornando a realidade nítida. Nesses momentos parecemos perdidos, os conflitos interiores e a paz são forças opositoras que habitam em nós, mas depois... Depois aparece um isqueiro à nossa frente para nos acender de novo, para nos consumir.
O papel que envolve o nosso conteúdo envelhece e é queimado.
E quando pensamos " porra, que rápido" surge um outro factor: os lábios. Os lábios de uma corrompida sociedade que acaba com a nossa essência.
Acaba-se a nicotina, o alcatrão e o monóxido de carbono. E o que resta? O que resta quando já não temos mais nada para oferecer?
Deixamos a sensação ténue de leviandade misturada com vicio e cheiro a dor.
Resta apenas saber como lidar, porque no fundo somos todos cigarros e a acabamos como os demais do maço: sem conteúdo, no chão, pisados pela pressão da sociedade.

Somos todos cigarros. Uns apagam-se pelo meio, outros dão tudo o que têm mas todos temos o mesmo fim  e todos significamos a impureza da humanidade.

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